O contínuo progresso da tecnociência e, mais concretamente da biotecnologia, abrem um mundo de novas possibilidades não isentas de riscos. O objetivo do presente trabalho, é analisar o conflito social e ecológico que está gerando o desenvolvimento biotecnológico no continente latinoamericano e discernir quais são os possíveis espaços e atores chaves para que o desenvolvimento biotecnológico não se converta num assunto tecnocrático, mas num espaço de participação social, em que a biotecnologia seja uma possibilidade "apropriada" para a sociedade. Para realizar esta tarefa é necessário identificar qual é a situação real, os perigos e os discursos das instituições e quais são os âmbitos existentes em que os diferentes atores possam interagir, de modo que a bioética exerça não somente um papel mediador, mas também hermenêutico. Este papel não situa a bioética num espaço acadêmico, mas que irá buscar ou criar os mecanismos para a criação de uma práxis bioética.