Neste artigo recorre-se a contribuição de David Le Breton à antropologia da dor através do qual pode-se compreender a necessidade de uma prática ampliada da medicina, já que a aproximação empírica e positivista vigente conduz a uma intervenção sobre as enfermidades construída somente sobre realidades biológicas puras. Do contrário, a análise antropológica da dor nos leva a considerar a enfermidade não só com sua caracterização de sinais clínicos, mas igualmente como uma síndrome de experiências vividas, carregadas de significações, interpretações e explicações mediadas pela cultura e subjetividades individuais.