O “ethos” da ciência e o estatuto da bioética

Autores

  • Miquel Seguró Universitat Autònoma de Barcelona

Resumo

O nascimento da bioética não se explica sem a crítica ao conceito de “ciência” (sobretudo o positivista) que teve lugar durante os anos anteriores à sua eclosão. Neste artigo fazemos eco de duas de suas formulações continentais mais relevantes (K. Jaspers, M. Heidegger) para, a partir da compreensão de seu sentido, concluir que a bioética está chamada a ocupar o espaço que a dita crítica abre. Assim, pela consideração de uma razão mais plural e comprometida com os profundos motivos antropológicos e existenciais que animam as perguntas do saber, também o científico, se eleva quase como um imperativo para seu futuro.

Palavras-chave:

cientifismo, razão, finitude, existência