Um fenômeno cada vez mais presente nos mercados de trabalho no Brasil é colocado em questão: a flexibilidade contratual. Esta é uma condição histórica na qual os trabalhadores estão submetidos a formas precárias de relações trabalhistas. Tomando como referência dados do mercado formal de trabalho de três cidades médias do Rio Grande do Sul (Caxias do Sul, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul), indicase que as dinâmicas dos mercados nessas cidades condicionam formas de inserção dos trabalhadores a partir do pressuposto do «desengajamento social»; um fenômeno que, nas cidades médias investigadas, é a expressão do predomínio de empregos com baixos salários, baixa exigência de qualificação e experiências ocupacionais, marcadas pela descontinuidade e a constante experiência do desemprego.